domingo, 10 de dezembro de 2017

Review: Decapitated- Anticult


Por Pedro Humangous

Não entrarei no mérito da confusão em que o Decapitated está metido fora dos palcos. Irei concentrar apenas na música e no seu mais recente álbum, “Anticult”. Analisando a discografia desses poloneses, notamos com clareza a evolução na forma de compor, nas doses cada vez maiores de modernidade em seu som. E não estamos falando de modernizar a forma de gravar, mas sim na maneira como estruturaram a sonoridade desejada pela banda. O Death Metal característico continua aqui, mas o timbre das guitarras já é bem diferente de outrora, aqui ganharam mais corpo, aquele toque inconfundível do Djent. Inseriram sintetizadores, colocaram algumas essências do Deathcore, riffs quase Melodic Death Metal (“Death Valuation” soa quase como um Soilwork). Temos ainda bastante Groove, Tech e Thrash Metal despejado ao longo das faixas. A qualidade de gravação está estupenda! Tá tudo muito bem timbrado, cada instrumento bem audível na mixagem, um punch animal do baixo com a bateria, vocais insanos! Gostei da maturidade apresentada aqui, o ataque impiedoso dos blastbeats, algo meio Prog jogado no meio, isso sem falar na atmosfera que criaram em cada música. Para o som que faziam antes, existiam dezenas de bandas que faziam algo igual e, sinceramente, até melhor do que eles. Eu confesso que não dava muita bola para os discos lançados antes de “Anticult”. Passava o ouvido uma ou duas vezes e deixava de lado. Agora, com essa nova roupagem, o Decapitated subiu diversos níveis e ganha novas características, novos fãs e briga por outros espaços antes estagnados. Esse novo álbum está viciante, com guitarras inteligentes, solos incríveis e refrãos marcantes, fazendo com que você queira ouvir mais e mais. Não é a toa que estão em várias listas dos melhores do ano pelo mundo afora! Mais que merecido!



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