domingo, 12 de março de 2017

Review: Lancer – Mastery


Por Pedro Humangous

Ouvir Power Metal, principalmente de bandas “desconhecidas”, sempre remete à minha adolescência, época em que estava descobrindo o Heavy Metal e suas incríveis vertentes. Como sempre fui um caçador de novas bandas, já tinha ouvido falar da banda sueca Lancer, inclusive possuo um disco deles na coleção, o “Second Storm”, de 2015. Pra quem não teve a oportunidade de conhecer, trata-se de uma banda relativamente nova, formada em 2009 e com apenas três discos em sua história. O som que praticam mistura a nova escola do Power Metal com uma forte pegada de NWOBHM e pitadas de progressivo - pense em um mix entre Iron Maiden, Hammerfall e Edguy. Confesso que a arte da capa não me empolgou nem um pouco, mas ao colocar o disco pra tocar, toda a desconfiança ficou para trás e o headbanging começou imediatamente! As guitarras aqui são as grandes estrelas do time, trazendo riffs velozes, dobrados e empolgantes, lembram muito o estilo alemão de compor (muitas vezes soando como Helloween, Accept, Primal Fear). Os vocais de Isak Stenvall se encaixam perfeitamente com o instrumental, sem vergonha de soar clichê com seus agudos potentes – em alguns momentos lembram Joacim Cans e Timo Kotipelto. A faixa de abertura, “Dead Raising Towers” já é uma voadora no peito, chegam com toda velocidade e potência, apresentando seu cartão de visitas através de um refrão marcante. A parte mais progressiva vem na quarta faixa, “Victims Of The Nile”, com seus mais de sete minutos de variações, passagens atmosféricas (com um baixo no estilão Steve Harris), partes mais rápidas e solos incríveis. As guitarras gêmeas dão as caras em “Iscariot”, acompanhadas de uma bateria inspiradíssima e vocais de tirarem o fôlego – uma das minhas favoritas do álbum! Outra faixa que me impressionou bastante foi “Freedom Eaters”, muito bem construída, lembra os tempos gloriosos do estilo, deve soar incrível ao vivo. A qualidade de gravação e produção estão simplesmente absurdas, tudo super cristalino e bem encaixado, sem perder a potência e impacto. A versão brasileira, lançada em parceria entre a Nuclear Blast e a Shinigami Records, ainda traz uma faixa bônus “The Wolf And The Kraken” (muito boa por sinal) e uma faixa secreta – pelo que entendi, trata-se de uma versão diferente e mais curta de “Follow Azrael”. “Mastery” se mostra um forte candidato nas listas de melhores desse ano e certamente coloca o Lancer como um dos destaques do Power Metal mundial! 


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